2014/03/31

Investigador do Grupo da Biodiversidade é agora membro do projecto ISLANDS do CESAB




O investigador Paulo A.V. Borges do Grupo da Biodiversidade dos Açores (CITA-A) é agora um dos investigadores associados ao projecto de investigação francês "ISLANDS -Community Assembly on Remote Islands: Does the Equilibrium Theory Apply?" liderado por Christophe Thebaud, e financiado pela CESAB - Center for Synthesis analysis of biodiversity.

Na última semana Paulo A.V. Borges participou com outros 12 investigadores de vários países num workshop em França, contribuindo com a investigação realizada nos Açores em ecologia e biogeografia para avaliar a importância dos fatores históricos sensu lato, incluindo a dinâmica evolutiva das espécies endémicas, na construção das comunidades ecológicas em ilhas, sendo investigados uma grande variedade de organismos e diferente arquipélagos insulares.

O projeto também terá como objetivo a formulação de uma nova teoria geral da biogeografia de ilhas que estará mais perto de observações empíricas e permitirá uma melhor apreciação do valor patrimonial da biodiversidade em ambientes insulares.

Assim, o Grupo da Biodiversidade dos Açores está agora representado em dois grandes projectos internacionais que pretendem desenvolver novas teorias sobre a biodiversidade em ilhas oceânicas, este projecto liderado por investigadores franceses e financiado pelo CESAB, e o projecto BIG liderado por investigadores baseados na Universidade de Oxford. Mais informações neste link.

2014/03/30

Late Night Chat, com o administrador da Santa Catarina Industria Conserveira SA


O Late Night Chat desta segunda-feira, dia 31 de março, conta com a presença de António Almeida, administrador da Santa Catarina, Industria Conserveira SA, tendo como tema: "Uma palestra, duas conversas: A reinvenção de uma marcar e a criação de mais valias; ser açoriano em Ponta Delgada ou na Calheta". O evento realiza-se às 21h45, na sala LB, no edificio pedagógico do Campus de Angra do Heroísmo, da Universidade dos Açores.

Experiência profissional de António Almeida:
  • 18 anos de experiência na indústria alimentar nos Açores, nas áreas de gestão da Qualidade, Produção e como Administrador.
Formação:
  • Formação em Liderança no Séc. XXI: Formação Avançada de Executivos, na Harvard Kennedy School
  • Master of Science em Biologia Celular na Universidade de Long Island, Estados Unidos da América.
  • Bachelor of Science em Química na Universidade Estatual de Nova York, Estados Unidos da América.
  • Associate in Applied Science em Biotecnologia na Universidade Estatual de Nova York, Estados Unidos da América.


2014/03/28

Novo Colégio de São Francisco



O Há Vida no Campus tem gosto em publicar mais uma iniciativa que parte das gentes do campus de Angra do Heroísmo, nomeadamente do Prof. Tomaz Dentinho e da Associação para a Ciência e Desenvolvimento dos Açores. Juntamos ainda o convite para a apresentação do projecto, no dia 2 de abril, pelas 20:30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.



Reprodução integral do texto de Carmo Rodea publicado no site da Diocese de Angra:

NOVO COLÉGIO CATÓLICO VAI ABRIR NA TERCEIRA

O grupo fundador é liderado por Tomaz Dentinho, que apresenta o projeto do Colégio de São Francisco no dia 2 de abril, numa parceria com o Colégio de São Tomás, de orientação Jesuíta

A Associação para a Ciência e Desenvolvimento dos Açores, associação sem fins lucrativos que desenvolve a sua atividade no ensino, investigação, consultoria e edição de livros, pretende abrir no próximo ano letivo, um novo colégio, de carácter privado, com valências no 3.º ciclo (7.º ano, 8.º ano e 9.º ano) e no ensino secundário (10.º ano, 11.º ano e 12.º ano), em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

O projeto de inspiração cristã, com ligações ao Colégio de São Tomás vai ser apresentado no próximo dia 2 de abril, no salão nobre dos Paços do Concelho, em Angra, numa cerimónia onde estarão presentes o Pe. João Seabra e a Diretora do Colégio de São Tomás, Isabel Almeida Brito.

O projeto do Colégio de São Francisco, que irá funcionar nas instalações da Irmandade do Livramento, em Angra, arrancará já no próximo ano letivo de 2014/2015, depois de realizadas obras de beneficiação do edifício já co-financiadas por fundos comunitários para as ilhas da coesão, no âmbito da Grater.

O colégio alicerça-se numa “estratégia de excelência” concretizada “num Plano curricular próprio” e numa “microcultura organizacional forte”, que sejam capazes de aprofundar, princípios chave como um currículo abrangente, professores que sejam educadores exigentes, convivência com a tradição cristã quotidiana e sem complexos, descoberta do seu futuro académico e profissional (descoberta da vocação) e disponibilidade para um trabalho académico sério e de qualidade”, refere o projeto do Colégio entregue já na Secretaria Regional da Educação a que o Portal da Diocese teve acesso.

Estes princípios têm por base os valores da “proximidade, confiança e respeito, inclinação para a ação, autonomia e espírito de equipa, disciplina e exigência”, acrescenta o documento.

“A ação do Colégio de São Francisco alicerça-se na convicção de que a escola tem uma influência marcante na educação e no desempenho académico dos seus alunos, o que implica não só uma atitude humana e profissional dos adultos em todos os aspetos que a enformam enquanto organização, mas também uma gestão cuidada dos recursos, a adoção de uma estrutura organizativa funcional e a adoção de processos de trabalho adequados aos objetivos da escola”, referem os promotores da iniciativa.

O colégio promete adequar a “oferta educativa à satisfação de necessidades formativas do tecido empresarial”, sublinha ainda o documento enviado para o Governo Regional.

De acordo com os promotores, esta iniciativa “nasce de uma experiência de amizade entre adultos convictos de que a hipótese de significado da vida que encontraram no cristianismo é verdadeira, valendo, por isso, a pena passá-la às gerações dos seus filhos, para que possa ser verificada por eles e por eles desenvolvida”.

O Colégio pretende ter três turmas de cada ano letivo mas, para já, admite avançar com menos alunos, encontrando-se neste momento aberto até ao final do mês de abril, um período para as pré inscrições.

A pré inscrição pressupõe o pagamento de uma taxa de 100 euros que será dedutível na primeira propina mensal do colégio se o aluno for aceite, depois de uma entrevista com a direção do Colégio, que será presidida por Paula Quadros, docente até Maio de 2009, da Escola Jerónimo Emiliano Andrade.

Do projeto pedagógico do Colégio de São Francisco sobressaem algumas novidades. Desde logo as aulas estão organizadas em segmentos de 45 minutos, entre as 9h00 e as 18h00, sendo que 4 horas semanais serão ocupadas com atividades extracurriculares. Neste âmbito, a oferta é diversificada e vai do montanhismo aos desportos náuticos, sem esquecer atividades mais intelectuais como o teatro, a música e a literatura.

O objetivo é “alargar e aprofundar o curriculum de modo a integrar o valor e a experiência da excelência, bem como prosseguir uma prática educativa focada em desenvolver a compreensão da liberdade e da responsabilidade, acrescentando-lhe atividades que deem uma dimensão interessante e criativa e que procurem desenvolver nos alunos capacidades de ordem superior: saber ouvir, pesquisar e encontrar informação necessária a um fim ou tarefa, ser capaz de se distanciar dos seus próprios saberes, saber analisar, sintetizar, concluir, comunicar com facilidade e eficácia, argumentar, negociar, cooperar…”.

Na ilha Terceira a oferta educativa do ensino privado termina no segundo ciclo e apenas existe um colégio privado na ilha com orientação católica, o Colégio de Santa Clara.

No arquipélago existe mais uma escola privada com oferta letiva do primeiro ao 12º ano, em Ponta Delgada - o Colégio do Castanheiro.

Carmo Rodeia

Palestra: Fé e Razão na Universidade


Convidamos a comunidade académica e terceirense a comparecer na Palestra “Fé e Razão na Universidade”, apresentada pelo Padre João Seabra, Universidade Católica Portuguesa, no dia 2 de Abril, pelas 16 horas, no Auditório do Campus de Angra.

Esta iniciativa tem organização conjunta do Departamento de Ciências Agrárias, Departamento de Economia e Gestão, Associação para a Ciência e Desenvolvimento dos Açores e Há Vida no Campus.

"Juventude e Cidadania Europeia - Vamos Votar em 2014!"



Sessão de informação no âmbito da Plataforma Informal de Cidadania Ativa (PICA). A sessão intitulada "Jovens em Ação" terá lugar no dia 29 de Março pelas 18h no Centro Intergeracional da Casa do Povo de Santa Bárbara. Os temas abordados serão "Juventude e Cidadania Europeia - Vamos votar em 2014!", pela Dra. Margarida Sodré do Centro de Informação Europe Direct dos Açores, e "Programas da Direção Regional da Juventude", ministrada pela Doutora Pilar Damião, Diretora Regional da Juventude.

2014/03/26

TASMUA no 'I Boticários' - Festival de Tunas


A TASMUA - Tuna Académica Sons do Mar vai participar no "I Boticários", o festival de tunas mistas da Phartuna, em Coimbra, no próximo dia 28 de março.

Boa atuação!

Workshop de Iniciação à Ilustração Científica


Vai decorrer um Workshop de Iniciação à Ilustração Científica nos próximos dias 8, 9 e 10 de abril, no campus de Angra, em horário pós-laboral, organizado pelo Núcleo de Ambiente da Universidade dos Açores, com o Prof. Doutor João Pedro Barreiros como formador.

O valor de inscrição é de 15€ para sócios do NAUA e 25E para não sócios.

Para inscrições, por favor contactar: naua@uac.pt.

2014/03/25

Eucaristia no campus



Neste semestre continua-se a celebrar a Eucaristia à quinta-feira no Campus de Angra, Sala de Reflexão, às 17:30, com o Padre Francisco Zanon (Pároco da Agualva e da Vila Nova). Para além da Eucaristia, o Padre Francisco oferece acompanhamento espiritual aos alunos do campus.

2014/03/22

Forúm Responsabilidade Social - Transmissão Online


O Fórum de Responsabilidade Social decorre hoje, 22 de março, integrado no programa local da Semana Nacional da Caritas da Ilha Terceira, a partir das 9.30, no Auditório da Universidade dos Açores – Campus Universitário de Angra do Heroísmo.

Programa e Inscrições neste link.

Poderá também assistir aqui ao Fórum por webcast:


Live streaming video by Ustream

Dia Mundial da Água - "A Água nos Açores"


Francisco Cota Rodrigues
Universidade dos Açores
Departamento de Ciências Agrárias

Os recursos hídricos, para além de essenciais à vida, são um dos principais fatores do desenvolvimento económico. 

Um dos grandes desafios que se colocam aos Açores prende-se com a valorização do recurso água. A exiguidade territorial do arquipélago, aliada à vulnerabilidade dos sistemas hídricos, justificam estratégias de actuação activas, tendentes a aprofundar conhecimentos, integrar a exploração e apostar na sustentabilidade.

A ocorrência de água nos Açores apresenta características próprias, diferenciadas das que surgem em territórios contínuos, hidrogeologicamente homogéneos. Essas particularidades relacionam-se com especificidades climáticas locais, que marcam processos de precipitação e evapotranspiração diferenciais e com a geologia e geomorfologia dos terrenos, que para além de conformarem o escoamento superficial induzem no corpo rochoso insular processos de circulação e armazenamento de água peculiares.

A maior parte da água utilizada nos Açores provém da exploração de massas de água subterrâneas. A irregularidade dos caudais, aliada a dificuldades de captação constituem os principais obstáculos à captação de águas superficiais.

No corpo rochoso das ilhas açorianas podem ser individualizados dois tipos de unidades hídricas subterrâneas: uma correspondente aquíferos suspensos, que resultam da retenção de água na zona não saturada, e outra basal, hidraulicamente governada pela diferença de densidade entre massas de água doce e água salgada proveniente de infiltrações marinhas.

Os aquíferos suspensos surgem na sua maioria associados a lavas e piroclastos dispostos sobre paleossolos argilosos, formados durante períodos de quiescência vulcânica. De um modo geral apresentam águas pouco mineralizadas e com uma microbiologia complexa, associada à elevada vulnerabilidade dos terrenos à poluição e ao pastoreio livre de animais.

Os principais sistemas aquíferos suspensos dos Açores localizam-se no interior de caldeiras (e.g. Nasce Água e Cinco Picos na ilha Terceira) ou nas vertentes de grandes aparelhos vulcânicos (e.g. Serra do Cume, Sete Cidades e Caldeira do Faial). Em regra apresentam caudais muito dependentes das recargas, com grandes oscilações sazonais. 

O aquífero basal desenvolve-se em todas as ilhas. Corresponde a um conjunto de formações saturadas por água doce situadas a cotas próximas do nível do mar em equilíbrio hidrodinâmico com água salgada proveniente de infiltrações do mar. Os principais factores que afectam este dinamismo prendem-se os ciclos de recarga e descarga naturais, oscilações das marés, fluxos geotérmicos e variações na dispersividade do meio.

A entrada de água no aquífero de base faz-se em toda a superfície insular, ocorrendo as maiores recargas nos terrenos lávicos recentes, onde a permeabilidade é maior, e nas zonas mais altas, onde os índices de pluviosidade são mais elevados. Os seus pontos de descarga localizam-se na linha de costa, sobretudo na zona intertidal, sendo popularmente conhecidas por nascentes de maré. A água destes mananciais são por vezes hidrotermais (e.g. nascentes do Carapacho, Ribeira Quente, Varadouro e Águas Santas), ou apresentam quantidades elevadas de dióxido de carbono dissolvido (e.g. Água Azeda do Raminho e Serreta).

Os sistemas de abastecimento de água insulares, assentam na captação de nascentes, poços e furos. As nascentes captadas estão na sua totalidade associadas a aquíferos suspensos com águas do tipo cloretado sódico, embora nalguns pontos sejam bicarbonatadas sódicas, com mineralizações baixas.

A maioria dos poços e furos existentes nos Açores captam o aquífero basal, embora alguns, sobretudo na ilha Terceira e em Santa Maria, captem aquíferos suspensos. As águas basais são maioritariamente do tipo cloretado sódico, embora nalguns poços surjam águas bicarbonatadas sódicas, revelando a grande influência marinha.

O incremento generalizado da extração de água nas massas aquíferas nos Açores obrigam a uma gestão cuidada das disponibilidades para fazer face às necessidades, que se preveem crescentes. Esta deve passar em primeiro lugar pela formação de técnicos especializados, capazes de gerir de forma sustentável um recurso estratégico como a água e pela criação de sistemas de monitorização adequados, que permitam identificar recursos exploráveis, quantificar caudais e avaliar a qualidade do recurso captado.

Francisco Cota Rodrigues

2014/03/21

Dia Mundial da Floresta e da Arvore - "AS ÁRVORES NA IDENTIDADE DA PAISAGEM DOS AÇORES"

"AS ÁRVORES NA IDENTIDADE DA PAISAGEM DOS AÇORES"
 
As árvores com história da cidade património mundial
de Angra do Heroísmo (foto Eduardo Dias)
As árvores são símbolo da vida. Demos-lhes esse galardão porque constituem os seres vivos mais importantes da biosfera. São elas que modelam o planeta e permitem a existência de milhões de espécies. Mas esse símbolo global, que hoje gostamos de comemorar no Dia da Árvore, foi, num passado recente em que o homem dependia mais directamente dos recursos naturais, de significado muito mais profundo. A maioria das civilizações possuem a árvore entre os seus símbolos mais nobres e serviam para construír uma identidade colectiva, para criar a unidade social e para projectar valores.

As árvores com expressão cultural das quintas
 da laranja de São Carlos (foto Eduardo Dias)
Por isso, as árvores, para além de recurso natural, de construtoras de ecossistemas e de símbolos societais, também forneceram milhares de serviços à humanidade, na medicina, na alimentação, na condimentação, na indústria, na despoluição das cidades, na regularização do ciclo da água, na conservação da biodiversidade e, com isso, permitiram o erguer de culturas (como as mediterrânicas) e a construção de sonhos. Algumas são símbolos mais conhecidos, como os louros (de César), as palmas (santificação), a laranjeira (pureza) ou os ciprestes (eternidade). Outras tem simbologias mais resguardadas, de outras civilizações ancestrais, como as camélias (rosas do Japão), a criptoméria (longevidade), as araucárias (realeza), a acácia (qualidades morais), os bambus (força e equilíbrio).

Magnólias e palmeiras, árvores de forte
 simbolismo cristão, São Carlos (foto Eduardo Dias)

Por isso, as árvores que se destacam nas paisagens urbanas expressam a nossa trans-oceanidade, a concentração de culturas, do período das grandes descobertas portuguesas, no qual a Terceira foi o centro do Atlântico e local estratégico no domínio dos valores. Neste período, as plantas eram o centro de economia – pimenta, canela, madeiras, açúcar – e, por isso, novos recursos. A procura e recolha de árvores por todo o mundo tornou-se, não só um motivo de estratégia económica mas também uma exploração de novos recursos. Nessa interpretação, percebemos que as espécies mais simbólicas das culturas ultramarinas eram, muitas vezes, as de maior potencial. Cultivadas nos Açores, forraram a nossa paisagem de marcos simbólicos dos povos por onde passávamos, desde as Canárias à Nova Zelândia, da Índia ao Japão. Nos nossos jardins ainda perduram um elevado número de árvores que perpetuam esta nossa memória colectiva: jacarandá (América do Sul), pau-brasil (Brasil), palmeiras (Canárias, Oceânia, Américas), roseira (árvore, América do Norte), magnólias (América), incenseiro (Nova Zelândia), criptoméria (do Japão), cicas (África do Sul), ginkgo (China, Japão) e tantas outras.

Flor da Magnólia roxa (foto Eduardo Dias)
Marcaram-nos, desde então, com uma admiração pelo exótico, como sinónimo de riqueza, cultura, elitismo, com que fomos preenchendo os nossos espaços públicos, numa matriz histórico-cultural e que se tornaram marcos da nossa identidade, homenagem ao que somos e construímos, simbolismo da cultura açoriana.

Num tempo do domínio da máquina, que eliminou a distância e permitiu que a Natureza, produtora e criadora do nosso mundo, esteja cada vez mais longe do dia-a-dia de cada um de nós, fomos esquecendo o quanto dependemos das árvores, o seu valor simbólico, que elas nos faziam recordar todos os dias quando as olhávamos. Perdemos a noção de quanto são essenciais para a nossa existência, deixámos de as conhecer pelos seus nomes.

Gingeira-brava, uma das árvores endémicas dos Açores
mais raras, em floração (foto Eduardo Dias)
No futuro que agora começamos a construir, expressam-se as novas interpretações do mundo, numa sociedade cada vez mais universal, sensível às questões da natureza, por sentirem que é da relação íntima e respeitadora para com esta que se geram os factores essenciais para a qualidade do ambiente, mas também para uma identidade própria. Uma progressiva onda de respeito pela natureza e de valorização do património natural tem criado uma nova consciência do ambiente que nos rodeia e dos valores naturais, mas também estéticos e culturais.

As árvores dominantes da laurissilva açoriana, louros,
azevinhos e sanguinhos (foto Eduardo Dias)
Nesse sentido, uma invasão da cidade pelos elementos endémicos, tão pouco queridos até há pouco tempo, porque considerados banais (para quem as via todos os dias), tem ganho o seu espaço e começa a ser apreciado como uma aliança entre o campo e a cidade, entre a urbanidade e a natureza, elementos fortes na construção actual da identidade colectiva.

Flor do louro (foto Eduardo Dias)
Contrariamente ao que se considerava, algumas das árvores endémicas (muitas vezes, designadas por arbustos, tal é o desconhecimento que ainda temos delas), possuem um alto valor estético e um crescimento suficientemente rápido para poderem competir com elementos seleccionados da flora universal. Falamos de algumas das mais raras árvores do mundo e, por isso, alia-se ao valor patrimonial o valor específico e singular.

A laurissilva açoriana, a mãe de todas as
florestas endémicas (foto Eduardo Dias)
Neste contexto, torna-se apropriado falar da ginjeira-brava, considerada pelo eminente botânico português, recentemente falecido, Professor Amaral Franco, como uma das mais belas árvores do nosso património, do louro-da-terra que agora empresta aos campos um aroma suave da intensa floração, ou mesmo do azevinho-bravo (símbolo de abundancia, estilizado nos arranjos de Natal com as suas bagas vermelhas) que, devidamente conduzidos, se tornam de grande beleza e dão caracter endémico á paisagem com os seus verdes escuros e folhagem persistente.
 
Eduardo Dias
Departamento de Ciências Agrárias
Universidade dos Açores

FIPED Portugal IV - Noite Cultural



A Comissão Organizadora do FIPED Portugal IV convida toda a comunidade académica e externa a participar na Noite Cultural, no dia 4 de abril, pelas 20:30, no Auditório do Campus de Angra.

Do programa constam:
1. Ballet Clássico (Prof. Eduarda Rosa e Alunos)
2. Coro Pactis
3. Flávio Cristovam
4. Antonela e Tarass (piano e clarinete)
5. Academia Rítmica Terceirense - escola de Dança do Clube Desportivo C.C. do Posto Santo
6. Telé - Nortada (Grupo de Teatro Pedra Mó)
7. Bossa Quinteto
8. Entre Parentes
9. Tuna Académica da ESEnfAH (TAESEAH)
(Entrada gratuita.)

2014/03/20

Sessão Eleições Europeias 2014 - 21 março - 14H


Iniciativa sobre as Eleições Europeias de 2014, sexta-feira, dia 21 de março, às 14:00, no Auditório do Campus da Universidade dos Açores, em Angra do Heroísmo, com a presença do membro da rede da Comissão Europeia “Team Europe”, Dr. Pedro Faria e Castro.

A entrada é livre.

Participe e divulgue junto dos possíveis interessados.

Para mais informações sobre as Eleições Europeias de 2014: http://www.elections2014.eu/pt
Centro de Informação Europe Direct - Açores
Observatório do Ambiente dos Açores
Estrada Gaspar Corte-Real
9700-030 Angra do Heroísmo
Telf. /Fax. 295 214 005
 

2014/03/19

Fórum de Responsabilidade Social


O Fórum de Responsabilidade Social, promovido em parceria pela Caritas da Ilha Terceira e o Departamento de Economia e Gestão (DEG) da Universidade dos Açores, pretende favorecer a discussão desta temática, mas tem intenção de ir um pouco mais além. Serão apresentadas práticas já instituídas a nível regional e nacional de responsabilidade social e, adicionalmente, será lançado o Programa Vértice, um programa de responsabilidade social da Caritas da Ilha Terceira, construído com o apoio do DEG e de profissionais da área do marketing e da comunicação e que visa, localmente, criar uma dinâmica permanente em torno de acções colaborativas entre esta entidade e o setor privado.


O Fórum de Responsabilidade Social decorrerá no dia 22 de março, integrado no programa local da Semana Nacional da Caritas da Ilha Terceira, a partir das 9.30, no Auditório da Universidade dos Açores – Campus Universitário de Angra do Heroísmo.

Programa e Inscrições neste link.

2014/03/18

Conferência "Euro: A Reforma Necessária"



Na próxima sexta-feira, dia 21 de março, pelas 22 horas, o Dr. Paulo Casaca irá apresentar a conferência "Euro: A Reforma Necessária" na Sala de Reflexão do Campus de Angra do Heroísmo, com apresentação do Prof. Doutor Nuno Martins (Departamento de Economia e Gestão).

O tema da conferência foi explorado no relatório Euro Reform 2014 (pdf), da autoria do Dr. Paulo Casaca e de Nerea Artamendi.

O evento, aberto à comunidade, é organizado pelo Departamento de Economia e Gestão, pelo Há Vida no Campus e pela Associação para a Ciência e Desenvolvimento dos Açores.


Paulo Casaca
1980: Licenciatura em Economia, Instituto Superior Economia e Gestão (ISEG), Lisboa
1987: Mestre em Economia Agrícola, Universidade de Montpellier
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1980 - 1987, 1991: Docente História Económica e Economia Regional na Universidade dos Açores
1987 - 1989: Docente de Economia no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL)
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1990 - 1991: Deputado no Parlamento Regional dos Açores
1991: Coordenador do Gabinete de Estudos do PS/Açores
1992 - 1993: Deputado na Assembleia da República
1993 - 1995: Coordenador do Gabinete de Estudos do PS
1995 - 1996: Chefe de Gabinete do Ministro do Planeamento e Administração do Território
1996 - 1999: Conselheiro Técnico da Representação Permanente de Portugal Junto da União Europeia.
1999 - 2009: Membro do Parlamento Europeu; Grupo Político: Partido dos Socialistas Europeus.
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Desde 2011: Fundador e diretor-executivo do "South Asia Democratic Forum"

PERCURSOS - Rosa Carvalhal Silva





PERCURSOS com professora Rosa Carvalhal Silva, da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo

Quem é Rosa Carvalhal?
É sempre difícil falar em de nós, mas vou tentar. Sou a única mulher numa família de 2 irmãos, 3 sobrinhos e dois filhos e, talvez por isso, desde cedo muito reivindicativa para se afirmar neste “mundo masculino”. Este foi o início de um trabalho e maneira de estar na vida que tenho pautado pela defesa da igualdade de género. Tenho tentado pautar a minha vida pela honestidade, valores humanistas e de disponibilidade para os outros.

Profissionalmente, fui enfermeira hospitalar durante 11 anos e sou professora de enfermagem há 23 anos. Tenho paixão pela relação com os outros e sinto-me realizada pessoal e profissionalmente.

O que destaca do seu percurso?
Do tempo em que trabalhei no hospital, destaco duas experiências muito enriquecedoras: as emergências aerotransportadas, pelo desenvolvimento de capacidades de decisão rápida, de enfrentar o imprevisto…, muitas vezes sozinha e a sensação de dever cumprido e de gratificação quando as coisas acabavam bem. A outra, foi a experiência de cuidar de idosos, como chefe de um serviço de medicina, que muito me fez amadurecer e crescer como pessoa e como profissional, fazendo com que a geriatria/gerontologia se mantenha como o alvo preferencial da minha atenção, quer como docente, quer como investigadora.

Como docente, destaco o papel que teve a Pós-Graduação e Mestrado em Ciências de Educação, na mudança de perspectivas pedagógicas e principalmente, na compreensão da complexidade que é o processo de aprendizagem, das muitas coisas que questionava, mas não encontrava a resposta e na motivação para a investigação que perdura até ao presente.

Simultaneamente a especialidade em médico-cirúrgica e o doutoramento em enfermagem, completaram o crescimento das duas dimensões fundamentais que constituem a vida de um professor de enfermagem

Onde se vê em 2020?
Bem não faço ideia. Antes da “coelhada” que por ai anda à solta e acabou com os nossos planos, via-me reformada e a viver em Havana por longas temporadas… Agora, vejo-me a dar aulas, se a dita não nos matar à fome antes…

Mas pelo menos gostava de estar num pais mais alegre, honesto e que FUNCIONE… Que tenha a coragem de fazer uma revolução (à islandesa) em vez de andarmos a barafustar sem fazer nada…

O que gostaria de fazer, que ainda não conseguiu fazer, mas que vai fazer?
Integrar um projecto de saúde e/ou docência por um período de tempo em Timor e Angola