2014/03/18

PERCURSOS - Rosa Carvalhal Silva





PERCURSOS com professora Rosa Carvalhal Silva, da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo

Quem é Rosa Carvalhal?
É sempre difícil falar em de nós, mas vou tentar. Sou a única mulher numa família de 2 irmãos, 3 sobrinhos e dois filhos e, talvez por isso, desde cedo muito reivindicativa para se afirmar neste “mundo masculino”. Este foi o início de um trabalho e maneira de estar na vida que tenho pautado pela defesa da igualdade de género. Tenho tentado pautar a minha vida pela honestidade, valores humanistas e de disponibilidade para os outros.

Profissionalmente, fui enfermeira hospitalar durante 11 anos e sou professora de enfermagem há 23 anos. Tenho paixão pela relação com os outros e sinto-me realizada pessoal e profissionalmente.

O que destaca do seu percurso?
Do tempo em que trabalhei no hospital, destaco duas experiências muito enriquecedoras: as emergências aerotransportadas, pelo desenvolvimento de capacidades de decisão rápida, de enfrentar o imprevisto…, muitas vezes sozinha e a sensação de dever cumprido e de gratificação quando as coisas acabavam bem. A outra, foi a experiência de cuidar de idosos, como chefe de um serviço de medicina, que muito me fez amadurecer e crescer como pessoa e como profissional, fazendo com que a geriatria/gerontologia se mantenha como o alvo preferencial da minha atenção, quer como docente, quer como investigadora.

Como docente, destaco o papel que teve a Pós-Graduação e Mestrado em Ciências de Educação, na mudança de perspectivas pedagógicas e principalmente, na compreensão da complexidade que é o processo de aprendizagem, das muitas coisas que questionava, mas não encontrava a resposta e na motivação para a investigação que perdura até ao presente.

Simultaneamente a especialidade em médico-cirúrgica e o doutoramento em enfermagem, completaram o crescimento das duas dimensões fundamentais que constituem a vida de um professor de enfermagem

Onde se vê em 2020?
Bem não faço ideia. Antes da “coelhada” que por ai anda à solta e acabou com os nossos planos, via-me reformada e a viver em Havana por longas temporadas… Agora, vejo-me a dar aulas, se a dita não nos matar à fome antes…

Mas pelo menos gostava de estar num pais mais alegre, honesto e que FUNCIONE… Que tenha a coragem de fazer uma revolução (à islandesa) em vez de andarmos a barafustar sem fazer nada…

O que gostaria de fazer, que ainda não conseguiu fazer, mas que vai fazer?
Integrar um projecto de saúde e/ou docência por um período de tempo em Timor e Angola

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