Artigo no âmbito do projeto "Juventude e Cidadania
Europeia - Vamos votar em 2014", promovido pelo
A importância crescente da iniciativa privada nas economias desenvolvidas e o dinamismo patente nos mercados e nas empresas mais competitivas do mundo asseguraram que o empreendedorismo se fixasse como tema central da gestão empresarial.
A verdade é que a iniciativa privada em economias desenvolvidas e em desenvolvimento tem sido uma força de estímulo ao conceito de empreendedorismo. Os constantes progressos sociais, económicos e tecnológicos deixaram de garantir uma profissão para toda a vida. As necessárias reformas dos Estados e a adaptação a novas realidades, onde os recursos humanos passaram a abundar, tornaram o surgimento de oportunidades de emprego no sector público mais escassas, restando a opção de emprego junto do sector privado ou a opção de iniciar novos negócios.
Há três conceitos base que representam os pilares do empreendedorismo: risco, inovação e oportunidade. O risco é um conceito associado a qualquer iniciativa, uma vez que o seu sucesso é incerto, daí que a probabilidade de erro ou falhanço é uma constante no empreendedorismo. Por seu turno, a inovação é fundamental no processo criativo, pois não se trata de fazer mais do mesmo, mas sim de fazer algo novo, diferente, que ganhe o seu espaço e que marque uma diferenciação no mercado. A inovação é indissociável de empreendedorismo, quer seja ao nível do produto, do processo ou do próprio mercado, uma vez que é um factor fundamental ao desenvolvimento e progresso socioeconómico. Finalmente, a oportunidade é intrínseca ao empreendedorismo, pois a sua identificação e aproveitamento dependem da visão e da perspicácia, logrando capitalizar necessidades patentes no mercado ou estimular novas necessidades, com o objectivo de criar riqueza através da sua satisfação. O empreendedor é arrojado, capaz de perceber e interpretar necessidades e problemas e de encontrar soluções para os mesmos, inovando e correndo riscos sem o medo do erro e do falhanço.
O próximo quadro comunitário aposta no apoio às PME’s, o que se traduz num aumento de verbas, para esse efeito, em 134% em relação ao antigo quadro.
A novidade passa também pela dinamização de start-ups através das linhas propostas pelo programa Horizonte 2020. Há ainda a possibilidade de haver fundos de garantia para PME’s, dirigidos a empresas e projetos que, pelo seu risco ou cariz inovador, apresentem maiores dificuldades na obtenção de financiamento bancário.
Vamos todos participar nos objectivos Europeus e incentivar o Empreendedorismo!"
Gualter Couto
PhD em Gestão - Diretor do Centro de Empreendedorismo da Universidade dos Açores
#EP2014
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