Esperei por ti quando vagueava, por entre dunas, na busca da
Terra Prometida.
Senti a tua ausência nos circos de feras famintas.
.
Chamei-te quando me queimavam a
carne em dias de bestas, cruzadas e anti-Cristos.
Chorei por ti quando me agrilhoaram numa roça perdida do
Novo Mundo.
Pensei nunca mais te ver despois de Auschwitz.
.
Evoquei-te na longa noite do fascismo.
Evoquei-te na longa noite do fascismo.
Reanimei-me com a queda do muro de Berlim.
E só agora percebi,
que serei um eterno prisioneiro,
das opções daqueles, que permito que me oprimem.
António Félix Flores Rodrigues
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