No final de
2013 o Grupo da Biodiversidade dos Açores (CITA-A) foi convidada para fazer
parte de um outro centro FCT, o CENTRE
FOR ECOLOGY, EVOLUTION AND ENVIRONMENTAL CHANGE (Ce3C),, com sede em
Lisboa. O principal objetivo do CE3C é a realização de investigação que aborde
os desafios societais em ecologia, evolução e o ambiente, para o período
2015-2020 que cobre o horizonte da UE para 2020. Os nossos 19 membros
integrados com doutoramento, a que se adicionam os alunos de doutoramento e
colaboradores fazem agora parte de um grande centro de investigação, com sede
em Lisboa, com 101 membros integrados, em que as questões de investigação serão
abordados tem em consideração as escalas continentais e insulares.
As principais
realizações do Grupo da Biodiversidade dos Açores em 2013 incluiram 43
publicações, 24 das quais sendo em revistas internacionais indexadas com Fator
de Impacto (56%). O Fator de Impacto média em 2013 foi de 3.0, sendo que 38%
dos artigos cientificos foram publicados em revistas com elevado Factor de Impacto
(IF> 3,0) na área de Ciências Ambientais – Ecologia.
Se considerarmos o
período 2008 e 2013, um total de 356 publicações foram realizadas, sendo que 130
destas correspondem a artigos em revistas internacionais indexadas com Fator de Impacto. Particularmente relevante é o facto de 35% dos artigos
cientificos foram publicados em revistas com elevado Factor de Impacto (IF>
3,0) na área de Ciências Ambientais – Ecologia. No período 2008-2013, outras realizações principais incluiram a publicação
de sete livros de autoria e nove livros editados, 67 capítulos de livros, 46 artigos
de divulgação, 39 artigos em revistas sem factor de impacto, 20 trabalhos em
anais de simpósios, sete publicações on-line e 31 outro tipo de publicações.
Numa colaboração sem
precedentes de mais de 200 taxonomistas e outros cientistas, o Grupo da Biodiversidade dos Açores coordenou entre
2007 e 2010 a elaboração de duas listagens abrangentes da biodiversidade dos
Açores (Borges et al., 2010.) e dos aquipélagos da Madeira - Selvagens (Borges
et al., 2008). Estes projectos foram fundamentais para se conhecer o número
total de espécies descritas na Macaronésia. Desta forma, o Grupo da Biodiversidade dos Açores contribuiu
para resolver em parte o déficit 'Lineu', ou seja, o desconhecimento sobre a diversidade
de espécies, e o déficit 'Wallacean ", ou seja, o conhecimento incompleto
das distribuições das espécies. Estas listagens são hoje fundamentais para testar
novas teorias biogeográficas e sobre a diversidade em ilhas.
Um indicador interessante
sobre a produção científica do Grupo da Biodiversidade dos Açores tem a ver com
a proporção relativa de sua produção em relação à de outros grupos de investigação
baseados nos Açores. Em 2011 e 2012 o Grupo da Biodiversidade dos Açores
publicamos respectivamente 21% e 17% da produção científica dos Açores. Esta é
uma produção notável, uma vez os investigadores do Grupo da Biodiversidade dos
Açores correspondem apenas a cerca de 10% dos investigadores que publicaram nesses
anos.
De realçar que o Grupo da
Biodiversidade dos Açores tem estado a contribuir para criar bases de dados únicas
sobre a distribuição e abundância das espécies em ilhas. Com este tipo de
dados, o arquipélago dos Açores pode ser usado para testar padrões e processos
biogeográficos e ecológicos fundamentais: i) teoria neutral vs. teoria do nicho
ecológico; ii) estudos sobre a distribuição de freqências da abundância de
espécies (SADs); iii) influência da escala em processos ecológicos; iv) a papel
dos processos locais e regionais na riqueza local de espécies; v) o impacto do
uso do solo e das alterações climáticas sobre as diversidades filogenéticas,
taxonômicas e funcionais; vi) o impacto da fragmentação das florestas sobre a
extinção de espécies; etc.
Os ecossistemas insulares
são reconhecidamente menos resistente aos impactos da atividade humana ou
qualquer outro fator de desregulação natural (por exemplo, espécies invasoras).
Os resultados de nossa investigação foram fundamentais para o desenvolvimento
de programas e medidas de prevenção / mitigação para minimizar os impactos de
factores de risco ambientais (tanto de origem antrópica ou natural). A nossa
experiência na avaliação de risco ambiental, controle de pragas (é.g térmitas),
ciência da comunicação ambiental e de divulgação, permetiu uma perspectiva
integrada de apoio à tomada de decisão ambiental e apoio a políticas de
desenvolvimento sustentável.
· Termites from the Azores (http://sostermitas.angra.uac.pt)
E.D.E.N –
Azores Habitats (http://www.eden-azores.com/)
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