Quem é Ana Cristina Palos?
Sou socióloga e docente no Departamento de Ciências da Educação, Delegação de Angra do Heroísmo. Para além da docência tenho dedicado os últimos anos da minha vida profissional ao estudo da realidade social dos Açores, com particular ênfase na área da educação.
Enquanto cidadã procuro ter uma participação ativa na vida comunitária e, sempre que tenho oportunidade, desenvolvo atividades de voluntariado em Instituições Particulares de Solidariedade Social na área da infância e juventude.
O que destaca do seu percurso?
Em especial as pessoas que tenho tido a oportunidade de conhecer e com quem tenho aprendido muito. Destaco, ainda, a oportunidade de lecionar, que é algo que faço com muito gosto, e o facto de ter tido a oportunidade de integrar a equipa de investigação do Centro de Estudos Sociais da UAç e onde estou envolvida em projetos de investigação muito interessantes. Destaco em especial dois: um que está a ser desenvolvido no âmbito do Observatório da Juventude e que incide sobre a caraterização das trajetórias profissionais dos jovens açorianos e o outro, realizado em parceria com colegas do ISCTE e do Stanford Woods (Institute for the Environment), que procura compreender a influência das alterações climáticas na organização social das sociedades insulares.
Onde se vê em 2020?
Gostaria de estar exatamente onde estou agora e a fazer o mesmo que faço presentemente. Mas gostaria de ver uma Universidade dos Açores mais coesa na sua diversidade territorial e um país mais justo, com menos desigualdades sociais e com mais oportunidades para todos, em especial para os mais desfavorecidos, para as crianças e para os jovens. Gostaria que, enquanto cidadãos, fossemos mais participativos e mais reivindicativos e que tivéssemos mais consciência da nossa responsabilidade na produção do bem-estar social.
O que gostaria de fazer, que ainda não conseguiu fazer, mas que vai fazer?
Um dos meus projetos mais utópicos consiste em criar uma instituição educativa destinada a crianças e jovens que não encontram mais respostas adequadas nas nossas escolas e que, apesar dos grandes talentos que manifestam, são sujeitos a reprovações frequentes. No âmbito das minhas funções de voluntariado tenho conhecido alguns destes jovens e gostava de constituir e integrar uma equipa educativa, com profissionais de diferentes áreas, que desenvolvesse um trabalho pedagógico abrangente que permitisse a estas crianças e jovens sentirem-se aceites, reconhecidos como pessoas e com confiança para afirmarem e aperfeiçoarem as suas competências.
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