2014/02/19

Pónei da Terceira foi reconhecido como raça autóctone - Centro de Biotecnologia dos Açores



 Foi recentemente revelado que o Pónei da Terceira foi reconhecido como raça autóctone. Falámos com o professor Artur Machado, responsável pelo Centro de Biotecnologia dos Açores.

Qual a importância desta noticia para a economia açoriana?

Existem interessados não só do continente mas também de países da Europa na aquisição de póneis, o que será uma mais valia para os criadores da raça. Além disso, com a divulgação do Pónei em provas, será possível trazer à ilha pessoas de fora, como aliás irá acontecer já em Julho aquando da realização do Troféu Dressage Póneis que contará com a participação de cerca de 50 atletas do continente e que não virão sozinhos. Contamos receber na ilha entre participantes e acompanhantes cerca de 150 pessoas.


 Qual o papel que o Centro de Biotecnologia desempenhou nos trabalhos de preparação do reconhecimento da raça do Pónei da Terceira? 

O Centro de Biotecnologia dos Açores, há cerca de 14 anos, iniciou todo um processo de recuperação destes animais, primeiro na selecção dos animais com as características típicas do Pónei da Terceira, e estudando também a população através dos dados biométricos e da caracterização molecular da raça através de ADN, concluindo que “esta era uma população que se diferencia de outras raças”. 



Depois, aumentando o efectivo e, por último, em 2012, fazendo, em conjunto com a Associação dos Criadores e Amigos do Pónei da Terceira, o pedido de reconhecimento como raça autóctone, o qual surge, agora, passados menos de dois anos, tendo sido os resultados desta longa investigação validados pela Direcção-geral de Alimentação e Veterinária (DGV).     

Que mais valias antevê para o Centro de Biotecnologia por estar envolvido neste processo?

Para além do reconhecimento da qualidade científica, visto que para uma raça ser aprovada tem que se elaborar um processo com bases técnicas, que se não forem bem executadas não surtirão os devidos efeitos, temos um aspecto prático como fonte de financiamento para o Centro que ficará encarregue de certificar as genealogias dos animais a registar no futuro.

Para além de muitos outros projectos do foro científico aos quais poderemos concorrer após o reconhecimento da raça.

Sem comentários:

Enviar um comentário