2013/03/09

Campus de Angra sede de associações nacionais e internacionais


Tomaz Dentinho é professor auxiliar com agregação da Universidade dos Açores, Campus de Angra do Heroísmo, na área da economia, e está ligado à instituição desde 1986. É o coordenador do Grupo para o Desenvolvimento Regional Sustentável, do Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza, e do Doutoramento em Gestão Interdisciplinar da Paisagem. Foi vice-presidente do Instituto de Conservação da Natureza (1996-1998) e director do jornal diário "A União" (2001-2007). Para além do ensino, tem desenvolvido investigação na área da Ciência Regional, Economia do Ambiente e e Economia Agrária.

Prof. Tomaz, é o presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional (APDR) desde 2008, tendo trazido a sua sede de Coimbra para as instalações da Universidade dos Açores. Como é que uma associação a nível nacional vem para os Açores? Qual tem sido a reação dos associados? Como caracteriza o seu mandato?
A sede da APDR acompanha a Presidência. Como fui eleito para direção em 2008 e o mandato foi renovado por mais três anos em 2011 a sede manter-se-á em Angra até 2014; depois se verá. A reacção dos associados foi muito boa até porque triplicámos a actividade da associação.

O primeiro mandato foi de crescimento e o segundo tem sido de estabilização. De 2008 a 2011 organizámos Congressos em Cabo Verde, Madeira e Bragança; lançámos três workshops temáticos por ano ao longo do país, em Espanha e em Angola, editámos três livros e dois compêndios e regularizámos a frequência da Revista Portuguesa de Estudos Regionais.

A partir de 2011 organizámos congressos em Faro(2012) e Braga (2013) em conjunto com eventos internacionais; a Revista Portuguesa de Estudos Reionais passou a ser referida no SCOPUS para além da EconLit e distribuída nas livrarias; candidatamos com sucesso a organização do Congresso Europeu para Lisboa em 2015 e apoiámos o estabelecimento da sede da Regional Science Association International em Angra do Heroísmo.

O Prof. Tomaz é também, desde 2011, Secretário Executivo da Regional Science Association International (RSAI), uma organização de ciência regional internacional, que congrega pessoas de 58 países. Mais uma vez surge a questão: como é que chega uma organização deste porte aos Açores, e como se faz a sua gestão?
A RSAI chega aos Açores porque tinha um ótimo apoio de secretariado para me candidatar a Secretário Executivo da Regional Science Association International, porque tinha fundos de projectos de prestação de serviços para ir a três congressos internacionais por ano (agora comprometido pelos problemas financeiros da Universidade dos Açores) e porque fui escolhido pelo Conselho da RSAI.

A gestão da RSAI está a crescer: já recolhemos as quotas dos 4000 associados; já fazemos o secretariado da revista Papers in Regional Science, já organizamos Cursos de Verão na Terceira e São Miguel e vamos promover em Marrocos, e dentro em breve estaremos a organizar Congressos Mundiais ou em Pequim ou no Dubai. Lançamos a rede Ibero Americana da Ciência Regional e estamos a lançar a RSAI em Africa.

Que impacto estas organizações e as suas actividades têm tido nos Açores? Quais os próximos passos?
Vamos organizar um Congresso sobre transportes em São Miguel para os 150 melhores cientistas nesta área em Junho. Damos os Açores a conhecer ao mundo. Criámos um emprego permanente e trouxemos os fundos da associação para a banca portuguesa. Mas o mais importante é que estamos a criar as redes na Europa, na América Latina, na China e em África. Com os brasileiros já fizemos o modelo económico para cada uma e todas as ilhas dos Açores, com os da Universidade de Aveiro já aprensentámos uma candidatura ao FP7 sobre as cidades dos século XXI, com os mexicanos e espanhóis estamos presentes num Congresso de Desenvolvimento Regional em Cuba,....

Obrigada, Prof. Tomaz, e bom trabalho!

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