No passado dia 8 de Março, a Carolina Pereira defendeu a sua
tese de mestrado intitulada "Caracterização
das comunidades bentónicas de sistemas lóticos da Ilha Terceira ao longo do
gradiente altitudinal - Diatomáceas Bentónicas" no
âmbito do Mestrado em Engenharia e Sistemas de Gestão de Água, sob orientação
do Prof. Doutor Rui Elias e do Prof. Doutor Vitor Gonçalves. O júri foi constituído
pelo Prof. Doutor Rui Elias, Prof. Doutora Rosalina Gabriel, Prof. Doutor José
Fontes e Prof. Doutor Vitor Gonçalves, que aprovou a tese com nota de 17 valores.
Como te envolveste na investigação
científica? Como surgiu o tema da tua tese de mestrado?
Com o findar da licenciatura existem
duas opções para os jovens de hoje em dia, ou saem para um mercado de
trabalho sem experiência ou prática alguma, ou continuam os seus
estudos, no meu caso com o Mestrado. Desta forma, na busca de novos desafios e
de alguma experiência profissional optei por continuar a adquirir
conhecimentos teóricos e práticos na realização de uma
tese, envolvendo-me assim na investigação cientifica.
A minha tese tem como tema: "Caracterização
das comunidades bentónicas de sistemas lóticos da Ilha Terceira ao longo do
gradiente altitudinal - Diatomáceas Bentónicas" e este surge
devido à importância que estas
comunidades desempenham na monitorização dos
ecossistemas aquáticos, em especial, massas de água interiores como as
ribeiras, que são abundantes no Arquipélago dos
Açores. Desta forma, sendo uma área pouco estudada na Ilha Terceira,
optei por realizar esse estudo em algumas das ribeiras da ilha.
A tua tese chega a algumas
conclusões bastante interessantes. Como é que vês a sua aplicação?
Das diversas conclusões que foram
analisadas, a observação de 74 novos taxa para a Ilha terceira e
12 para os Açores de diatomáceas bentónicas, vem contribuir para o melhor
conhecimento destas comunidades nos Açores e também na Ilha Terceira que eram
pouco estudadas. A ocupação do uso do solo também revelou
grande influencia na qualidade ecológica dos sistemas lóticos ao
longo do gradiente altitudinal, sendo que nas zonas urbanas ou de menor
altitude, se verificou pior qualidade dos mesmo. Desta forma seria
uma aplicação possível a observação destas comunidades para
uma monitorização regular destes meios lóticos de forma a preservar a
sua qualidade.
Carolina, vais
continuar na investigação? Qual é o próximo passo?
Apesar da investigação cientifica ser uma
mais valia para o investigador a nível pessoal e profissional, cada
vez se torna mais difícil conseguir prosseguir apenas com
esta vertente excluindo assim o inicio de uma vida profissional activa.
A possibilidade de uma bolsa de Doutoramento
seria um passo aliciante a seguir tendo como objectivo prosseguir com o mesmo
tema de trabalho mas alargando a todas as ilhas do Arquipélago dos
Açores.
Parabéns Carolina e fazemos votos para que a bolsa de Doutoramento chegue em breve!
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