2013/04/29

Nas notícias...

Nos últimos dias o Diário Insular publicou diversos artigos de interesse para o campus, os quais destacamos abaixo.

Listas para o Conselho Geral da Universidade

Empreendedores por Um Dia, uma iniciativa do Departamento de Economia e Gestão  apresentado pelos alunos do campus de Angra

Artigo de opinião sobre o papel que a Universidade dos Açores deve assumir 

Félix Rodrigues, sobre achados megalíticos, DI, 27-04-2013

Estudo do Grupo para o Desenvolvimento Regional e Sustentável sobre o sector imobiliário nas Lajes

Proposta do PS para defesa da Universidade dos Açores

Pela Pobreza Adentro, um estudo sobre a pobreza nos Açores

2013/04/28

Parabéns e votos de felicidades a todos os Finalistas!


Pelas 14h00 de hoje, D. António Sousa Braga, Bispo de Angra, deu início à cerimónia de Benção das Pastas dos alunos finalistas do Campus de Angra do Heroísmo, da Universidade dos Açores.

A Sé Catedral de Angra encheu-se de vida e entusiasmo com alunos, familiares e alguns docentes empenhados em celebrarem este dia, que ficará registado na alma e espírito académico de cada um dos presentes.

Hoje inicia-se um novo ciclo. Foram horas e horas de esforço e dedicação, quais sementes lançadas sobre  terra fértil que a partir de agora darão, certamente, frutos suculentos.

PARABÉNS e desejos de muitas FELICIDADES a todos! Bem hajam!

2013/04/27

Curso "Aprender no mundo louco das tartarugas" em software Netlogo



"Aprender no mundo louco das tartarugas" é um convite para a experimentação e para a criatividade  no ambiente virtual Netlogo onde se programa de forma muito simples, o comportamento de "tartarugas"! 

É também uma aventura, porque desafia o nosso senso comum. Quando olhamos para o mundo real apenas usamos os nossos sentidos e as nossas ações. O desafio deste ambiente de programação é convidar a pensar por todos ou por grupos de agentes ( pessoas, entidades, outros seres vivos) que, com as suas motivações ou características próprias e diversificadas, criam a complexidade que só tem paralelo com a que assistimos, todos os dias, à nossa volta no mundo real. 

O Netlogo (http://ccl.northwestern.edu/netlogo/) é uma ferramenta de software inventada por Mitchel Resnick, que permite a simulação de ambientes onde decorrem em simultâneo muitos acontecimentos num pequeno mundo virtual. 

Este software é hoje utilizado quer por investigadores quer por professores de diferentes áreas curriculares, para testar modelos de comportamento social, para explicar fenómenos naturais e também para desenvolver a criatividade e o gosto pela ciência e a arte.

O curso decorrerá nos dias 2, 3 e 4 de maio, no Centro de Ciência de Angra do Heroísmo, no edifício do Observatório do Ambiente dos Açores. O formador será José Cascalho, professor do Departamento de Ciências da Educação da Universidade dos Açores e membro do Centro de Matemática Aplicada e Tecnologias de Informação.

As inscrições encontram-se abertas e não têm qualquer custo associado.

Contactos para inscrições: e-mail - cc.angraheroismo@azores.gov.pt | telefone: 295 217 845.

2013/04/26

O Barbado da Terceira: estudo comportamental





No passado dia 5 de Abril, a Elisabete Nunes Azevedo defendeu a sua dissertação de mestrado de engenharia zootécnica intitulada O Barbado da Terceira: Estudo Comportamental, perante um Júri presidido pelo Professor João Pedro da Silva Ramos Barreiros e tendo como vogais o professor Joaquim Fernando Moreira da Silva, Professor Henrique José Duarte Rosa e Professor Carlos Fernando Mimoso Vouzela., tendo sido atribuída a nota de 19 valores. crítica e defesa, de uma dissertação intitulada O Barbado da Terceira: Estudo Comportamental.

Como te envolveste na investigação científica? Como surgiu o tema da tua tese de mestrado?

O meu envolvimento na investigação científica surgiu desde que terminei a minha licenciatura em Enfermagem Veterinária e realizei a minha dissertação de final de curso, na área de problemas comportamentais em cães. Desde aí que a área de comportamento me despertou bastante interesse. Com o culminar da minha licenciatura surgiu a necessidade de ir mais além, pelo que optei por ingressar no Mestrado em Engenharia Zootécnica. Como sou apaixonada por comportamento e cães nada melhor do que juntar o útil ao agradável e trabalhar com isso.

Após conhecer melhor o Barbado da Terceira, a sua história e o tipo de estudos realizados, considerei que seria interessante estudar o seu comportamento, algo que até o momento não havia sido feito.

A tua tese chega a algumas conclusões bastante interessantes. Como é que vês a sua aplicação?

O meu estudo consegue dar uma visão mais científica do comportamento desta raça nacional, dos vários parâmetros da sua personalidade, bem como da sua propensão para o desenvolvimento de problemas comportamentais. Assim, consegue-se verificar se este cão possui as características comportamentais desejadas para o melhor desempenho da sua função, ou se, por outro lado, algum critério deva ser repensado. A partir dos resultados obtidos verificou-se uma grande aquisição do Barbado da Terceira como animal de companhia, e parece haver uma diminuição da utilização desta raça para pastoreio, função para o qual este cão fora inicialmente seleccionado. É importante ter em conta esta situação pois há certos comportamentos que uma vez perdidos do repertório comportamental do animal poderão não ser repostos.

Os animais de companhia, hoje em dia, são maioritariamente selecionados, de forma empírica, visando obter a melhor morfologia de acordo com o estalão. Muitas vezes, a parte comportamental é descurada, bem como a vertente genética associada a ela. Seria importante determinar de forma mais concreta os critérios de seleção comportamentais e avaliar os animais devidamente recorrendo à aplicação de metodologias de avaliação comportamental nas raças caninas, mais do que a simples observação destas em exposições. Na eventualidade de ser detetada a existência de alguma incompatibilidade na personalidade de cães, da mesma raça, com aptidões diferentes, poderá haver a necessidade de serem formados dois núcleos de criação. Isto seria aplicável em qualquer raça de cães, inclusive o cão Barbado da Terceira.

Elisabete, vais continuar na investigação? Qual é o próximo passo?

A investigação científica é sem dúvida uma área bastante aliciante, que nos permite aprofundar conhecimentos e contribuir para uma comunidade mais informada. Neste momento tenciono concluir o meu Mestrado Integrado em Medicina Veterinária que comecei em 2011, e que ao coincidir com o realizar da tese do Mestrado em Engenharia Zootécnica, dificultou e atrasou, infelizmente, o prazo de entrega previsto da mesma. Após a conclusão desta próxima etapa não excluo a possibilidade de um possível Doutoramento, quem sabe aliado a um futuro emprego.

Parabéns Elisabete e votos de muitas felicidades!

2013/04/25

Liberdade, direitos, deveres, ATITUDE e MUDANÇA!



  
Telma Silva
Assistente Social


“Foram dias foram anos a esperar por um só dia” Manuel Alegre.

Foi há 39 anos, que ao ecoar nas rádios “E Depois do Adeus” de Paulo de Carvalho, os golpistas assumem as posições para a primeira fase do golpe de Estado, mas é “Grândola Vila Morena” de Zeca Afonso (até então proibida por fazer alusão ao comunismo), que dá início àquela que é conhecida como a Revolução dos Cravos. Foi uma revolução iniciada pelo Movimento das Forças Armadas, mas onde pela primeira vez não houve a violência habitual das Revoluções, “em vez de balas, que matavam, haviam flores por todo o lado, significando o renascer da vida e a mudança”, as pessoas começaram a juntar‐se nas ruas, solidárias com os soldados revoltosos, e uma florista distribuiu cravos vermelhos aos soldados, que depressa os colocaram nos canos das espingardas.

“E o grito que ecoou,
De cravos enfeitado,
Anunciou ao mundo
Um povo libertado!”
           António de Almeida

A mudança não se efetuou num dia, foi necessário, tempo, coragem, empenho e sacrifício, “as nossas dificuldades presentes, vão agravar-se no futuro próximo (…). Mas elas são uma prova e uma oportunidade. Se formos capazes do sacrifício necessário para as superar, então poderemos considerar-nos dignos do nome de povo livre e de Nação independente” António José Saraiva

Jessica Rocha
Estudante


"Foi o dia em que me apercebi, pela primeira vez, que a vocação dos portugueses não era aquela que me estavam a ensinar."
 António Félix Rodrigues
Docente

"O 25 de Abril foi uma revolução. E as revoluções, tal como a que estamos a viver agora com a reestruturação do Estado Social e o fim das mordomias das empresas e concessões públicas, devem ter benefícios líquidos positivos mas têm normalmente custos nos curto e médio prazo. Foi isso que aconteceu no 25 de Abril, como anos antes no 28 de Maio, no 5 de Outubro e nas várias revoluções por onde temos passado, normalmente com perdas em relação aos estados e países que souberam mudar instituições sem revoluções. É pena que continuemos a ter medo das mudanças e que aceitemos as catástrofes."

Tomaz Dentinho
Docente


"Os momentos a que chamamos de "revolução" consistem geralmente em períodos relativamente curtos, que originam uma quebra dos equilíbrios de poder existentes. Mas na situação de desequilíbrio que se gera, segue-se um processo em que diversas forças procuram ocupar o vazio de poder que entretanto surge. Neste contexto, as forças que originam a revolução acabam por vezes por dar origem a sequências de eventos e de redistribuição do poder sobre os quais já não têm total controlo (ou por vezes nenhum mesmo), e a questão que se coloca é como obter um consenso entre os diversos intervenientes que surgem na nova redistribuição de poder.

O 25 de Abril foi um momento onde se verificaram estas características, típicas destes processos. E entre os vários movimentos que surgiram, o consenso que emerge é no sentido da instalação de uma democracia, onde existisse liberdade. Mas "liberdade" e "democracia" não significam apenas uma liberdade formal, caracterizada meramente pela proliferação de partidos políticos. Devem significar antes uma liberdade substantiva, assegurada por estruturas ao nível da educação, saúde, segurança social, e justiça, que garantem as condições para a existência de oportunidades reais, e não meramente nominais.

No contexto actual, mesmo este consenso, gerado no 25 de Abril, começa a ser colocado em causa. E com ele, a possibilidade de uma democracia real, e não meramente nominal, ou aliás, ilusória. Neste contexto, torna-se necessário reflectir sobre o próprio significado de "democracia" e "liberdade", palavras muitas vezes repetidas aquando das comemorações do 25 de Abril."

Nuno Martins
Docente

2013/04/24

Mestrado: Sofia Lopes investiga a influência da data de fecho na qualidade da erva para silagem



Carla Sofia do Couto Lopes realizou provas de Mestrado em Engenharia Agronómica no passado dia 8 de abril, tendo defendido a sua dissertação intitulada "Influência da Data de Fecho na Primavera, do Intervalo de Crescimento e da Adubação Azotada, na Produtividade e Qualidade da Erva produzida para Silagem por uma Pastagem consociada de Lolium perenneTrifolium repens e Trifolium pratense." As provas foram avaliadas por um júri presidido pelo doutor João da Silva Madruga, sendo vogais os doutores Oldemiro Aguiar do Rego, Paulo Ferreira Mendes Monjardino e Anabela Mancebo Gomes. 



Como te envolveste na investigação científica? Como surgiu o tema da tua tese de mestrado?
Considero que me envolvi na investigação científica a partir do momento que decidi dedicar-me à área das ciências naturais, mais propriamente à Engenharia Agronómica que, por sua vez, envolve já muita investigação em vários ramos.

Contudo, comecei a fazer investigação científica propriamente dita quando realizei o meu trabalho final de curso de licenciatura em Engenharia Agronómica na Escola Superior Agrária de Santarém no âmbito da protecção integrada, no acompanhamento fitossanitário da cultura do morango em estufa. Posteriormente, através do programa Estagiar L na Associação de Jovens Agricultores Micaelenses envolvi-me noutro tipo de investigação, desta vez ligada à produção de milho forrageiro sob técnicas de conservação do solo, nomeadamente a sementeira directa. Este trabalho trouxe-me uma enorme vontade de prosseguir os estudos e aprender mais sobre as pastagens e forragens, razão pela qual decidi fazer o Mestrado em Engenharia Agronómica e dedicar-me à disciplina de Produção e Tecnologia de Forragens. Através da orientação da Professora Anabela Gomes escolhi as pastagens como tema de investigação para a minha tese, tentando realizar um trabalho bastante prático e adequado ao que é praticado na região pelos lavradores.

A tua tese chega a algumas conclusões bastante interessantes. Como é que vês a sua aplicação?
Consegui tirar conclusões bastante interessantes em termos de aprendizagem pessoal mas que servirão como referência para futuramente fazer um aconselhamento técnico adequado aos nossos lavradores. No meu entender isto é o principal, ou seja, por em prática e partilhar os conhecimentos adquiridos de forma a poder vir melhorar a utilização dos nossos recursos naturais, neste caso, das nossas pastagens.

Sofia, vais continuar na investigação? Qual é o próximo passo?
A investigação para mim é como a aprendizagem, nunca pára! Por isso é impossível não continuar a investigar. Espero poder continuar a investigar de preferência na minha área de formação. Portanto, o próximo passo poderá ser dar continuidade em termos de trabalhos na área das pastagens ou enveredar por investigar uma área diferente ou complementar. Vai depender das oportunidades que surgirem.

Parabéns, Sofia, e votos de muito sucesso no futuro!

2013/04/23

Nós e os Livros - Nobiliário da Ilha Terceira, apresentado por Jorge Forjaz


Jorge Forjaz irá falar-nos do Nobiliário da Ilha Terceira, de Eduardo de Campos de Castro de Azevedo Soares na próxima sexta-feira, dia 26 de abril, na terceira sessão de Nós e os Livros (segunda edição).

O Doutor Jorge Forjaz dispensa apresentação, sendo o seu extenso trabalho em genealogia da ilha Terceira bem conhecido do público açoriano, em particular através do muito popular programa da RTP-Açores "Os Nomes da Nossa Gente" e da sua obra magna com António Ornelas Mendes "Genealogias da Ilha Terceira". Do historiador salientam-se ainda as obras "Famílias Macaenses" e "Os Luso-Descendentes da Índia Portuguesa".

Quanto à obra, o Nobiliário da Ilha Terceira, de Eduardo de Campos de Castro de Azevedo Soares, esta obra em três volumes de 1907,  foi durante muito tempo, a única fonte de informação publicada sobre as famílias nobres terceirenses, tais como Plamplonas, Brums, Noronhas, para citar apenas algumas.

Estão todos convidados para esta sessão que será de certo fascinante!

Dia Mundial do Livro - sugestão de leitura "A Princesa de Limaland e a Pedra Mágica"



Hoje, 23 de Abril, comemora-se o Dia Mundial do Livro. Claúdia Ferreira é aluna da Universidade dos Açores, no Campus de Angra do Heroísmo, e teve a ousadia de editar um livro, intitulado "A Princesa de Limaland e a Pedra Mágica".

Cláudia, fala-nos um pouco sobre o teu livro?

O meu livro é um regresso à infância e o reflexo daquela menina sonhadora, que adorava refugiar-se nos diários. Contudo, cada página é um hino ao amor, à saudade e persistência. Sendo uma homenagem aos meus avós e primo (falecidos).

Mas passando à história em concreto, decidi escrever uma história com magia, pois reconheço que continuo uma apaixonada pelos desenhos animados da Disney ;) As personagens apesar de fictícias e criadas por mim, transmitem uma realidade sentimental e bem pensada, porque emprestei nome de familiares a alguns personagens. Apesar da nostalgia de novidade e num cenário onde os personagens tem poderes mágicos, foi clara a minha intenção e continua a sê-lo, a transmissão de valores morais ao "meus" leitores. Gostaria que conseguissem espelhar-se nos personagens e perceber a forte mensagem que tento transmitir com a minha simples escrita.

E para aguçar a curiosidade, deixo um pequeno resumo do meu livro.

Jade cresceu na aldeia dos Acres sob a proteção da sua madrinha Indira. Mas com a aproximação do seu 16º aniversário, acontecimentos invulgares e estranhos começam a surgir a todo o momento. Consciente que Indira conhece o mistério que paira sobre ela, Jade tenta obter respostas, mas a madrinha persiste num silêncio que prejudica a relação entre as duas.

Como o segredo mais guardado pela velha Indira está prestes a ser revelado, Jade acaba por descobrir que é muito mais do que uma rapariga normal. Sendo na realidade, a herdeira dos príncipes de Limaland e a única que pode enfrentar a maldição que começou no dia do seu 3º aniversário.


Como surgiu esta possibilidade de editar um livro? Já escrevias há muito tempo? 

A possibilidade de escrever um livro surgiu ao acaso, foi algo instantâneo e não planeado. Como gosto de refugiar-me na escrita, escrevendo pequenos textos, certo dia lembrei-me de começar a escrever um livro sobre aquilo que mais gostava. Admito que não tinha intenção de o enviar posteriormente para uma editora, e inclusive permaneceu durante dois anos no computador, não esquecido, pois já me encontrava a escrever o segundo livro da saga. Mas como não sabia como funcionava o processo de edição de um livro, fui guardando-o unicamente para mim, formando um laço de amizade que aumentava a cada dia. Como já tinha uma história toda interligada e com imensos segredos por desvendar, decidi que gostaria que as outras pessoas lessem a minha história e ver se a magia que escrevia, era suficientemente forte para mostrar aos jovens o meu desejo de transformar o mundo com as palavras.

E assim foi... decidi enviar o livro unicamente para uma editora, que após trinta dias respondeu a um e-mail com uma resposta positiva.



Pelo que sabemos, pretendes continuar a estudar e a escrever. Como prevês o teu futuro?

Prevejo um futuro sonhador...:) é preciso sonhar e lutar pela realização dos mesmos. Mas pretendo crescer como escritora e terminar a minha formação académica. Além disso, colocar no mercado um projeto que idealizo a algum tempo, mas isso ainda não posso desvendar ;)


Que conselhos que darias aos jovens relativamente à leitura?

Cada vez mais os jovens necessitam de um porto seguro e passar para a realidade o talento que têm. Por isso, um livro é mais do que um amigo, é um refúgio onde sonhamos, viajamos e idealizamos. Deste modo, aconselho vivamente a lerem mais, principalmente criar hábitos de leitura nas crianças.

Não se esqueçam, ler faz-nos crescer em todos os sentidos "A cultura é algo apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo escravizado" António Lobo Antunes.

E é com esta excelente citação de António Lobo Antunes que aproveitamos para felicitar a ousadia da Cláudia, ficando na expetativa do próximo livro. E aos nossos leitores e seguidores os votos para que hoje comprem um livro e deixem-se levar pela beleza da palavra e a grandeza dos sonhos. Sonhar é Viver!

2013/04/22

FIPED Portugal III - Um balanço


Sofia Mendes, doutoranda da Universidade dos Açores, na área de Biotecnologia, é a nova coordenadora do FIPED Portugal e fala-nos do FIPED III, que decorreu a 12 e 13 de Abril no Campus de Angra.

O que é o FIPED? 
O FIPED – Fórum Internacional de Pedagogia tem a sua origem no Brasil na década de 90, inicialmente com um formato dedicado apenas às áreas da linguística e só mais tarde em 2008 surge o FIPED tal como o conhecemos.

O evento de 2008 no Brasil contou com a participação do Professor Pedro González, que trouxe para os Açores o desafio de internacionalizar o FIPED. Este desafio foi respondido por um conjunto de docentes e alunos, que, em 2009, organizaram o primeiro FIPED português aqui no campus, o qual teve a sua continuidade em 2012, no FIPED Portugal II.

Apresentamos agora, em 2013, o FIPED Portugal III, que resulta de um trabalho conjunto de alunos e docentes dos:
- Departamento de Ciências da Educação;
- Departamento de Ciências Agrárias; da
- Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo; e ainda pela primeira vez este ano
- Departamento de Economia e Gestão e o
- Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais, dos quais esperamos continuar a contar com a uma colaboração cada vez maior.

Objectivos do FIPED Portugal III
Com o FIPED pretendemos criar um espaço de análise da questão da investigação na formação dos estudantes do ensino superior, com especial atenção para os alunos dos primeiros anos.

Queremos ainda:
- Refletir sobre os mecanismos e os agentes responsáveis pela produção do conhecimento científico;
- Demonstrar a importância do aprender através da nossa construção do conhecimento, ou seja através da investigação;
- Incentivar os alunos a divulgar o conhecimento científico, a partilhar aquilo que vão descobrindo.

Com estas questões em foco, criou-se este evento que de uma forma simples e low cost (para não dizermos a custo zero), se assemelha em muito ao que ocorre em outros encontros científicos com a grande particularidade de que neste evento se pretende que os alunos sejam os actores principais participando, tomando responsabilidades e desempenhando um papel activo em todos os acontecimentos do evento, desde a formulação, sugestão de temas à escolha dos convidados.

Para atingir estes objectivos, FIPED Portugal III contou com:

- A conferência de abertura, sobre ‘Ciência, Participação e Mudança’, de Francisco Simões, que é o resultado de um trabalho cuidadoso de investigação;

- Mesas redondas, onde se pretendeu proporcionar um momento de discussão entre estudantes, docentes e oradores convidados;

- Quatro oficinas onde se demonstraram na prática diferentes metodologias e instrumentos essenciais para iniciarem processos de investigação nas mais diversas áreas;

- E ainda, a apresentação dos trabalhos científicos dos alunos, para muitos a primeira comunicação científica para um público tão vasto, que não apenas o professor e os colegas de turma.

Com mais de 100 inscritos de todos os cursos leccionados em Angra, 22 comunicações científicas, 4 oficinas, com 40 participantes, e uma fulgurante noite cultural com 9 participantes em diversos géneros musicais, poesia e teatro, o FIPED Portugal III foi um sucesso e um belo momento de convívio e integração no campus.

Gostaria de congratular toda a comissão organizadora e todos os que nos ajudaram por termos conseguido realizar o FIPED Portugal III, especialmente nesta altura e nesta conjuntura, onde tudo parece andar à volta da crise. Este evento é um bom exemplo de como com trabalho, colaboração e empenho se consegue realizar e atingir os objetivos a que nos propomos.

O FIPED IV 
Para o FIPED IV há alguns aspetos a melhorar e/ou alterar, como acho que em qualquer tipo de iniciativa, é com a prática e os erros que aprendemos.

Essencialmente será necessário melhorar a forma de divulgação do evento, melhorando e aumentando assim a participação de docentes e de cada vez mais alunos universitários, mas também alunos do secundário e escolas profissionais. O mesmo com as oficinas, pois geralmente apresentamos uma lista bastante diversificada, que nem sempre é correspondida pelo número de inscrições que recebemos. Repensar um pouco a data do evento, para eventualmente permitir a apresentação de trabalhos de ambos os semestres, entre outros.

O FIPED IV será agora formulado, pela equipa organizadora, à qual serão bem-vindos docentes e alunos, que a nós se queiram juntar ou apenas dar-nos as vossas sugestões, opiniões e ideias para nos ajudar a que o FIPED IV seja, pelo menos, tão bom quanto o FIPED III.