2013/04/16

Um voluntário


Orlando Guerreiro é aluno de doutoramento no Grupo de Biodiversidade dos Açores, sob o tema "Termite species in the Azores. A holistic approach to the problem" na continuação do seu percurso académico na Universidade dos Açores.

Olá Orlando. Tu entraste para a Universidade dos Açores em 1996, como aluno da licenciatura em Engenharia do Ambiente, mais tarde realizaste o Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza (2006-2009) e agora, novamente como aluno, no Doutoramento em Biologia no Departamento de Biologia da Universidade dos Açores (2013). Nesse período, tens estado envolvido em diversas formas de associativismo, incluindo a fundação do Núcleo de Ambiente da Universidade dos Açores – NAUA (2001) e da 
Associação de Surf da Ilha Terceira (2009), e nos corpos sociais -concelho fiscal- (2007-2009) e mais tarde na presidência da Gê-Questa (2009-2011). 
Como vês o papel dos membros da universidade na dinamização de organizações da sociedade civil?
Os membros da universidade são apenas cidadãos que podem, ou não, fazer parte das organizações. O facto de pertencerem a uma instituição de ensino, enquanto professores, investigadores ou alunos não implica que tenham um maior dever em participar nestas organizações. No entanto, o seu envolvimento é algo positivo enquanto elementos formadores de uma opinião critica na sociedade.

Orlando, tu és também um jovem investigador. A Universidade é frequentemente acusada de não entregar conhecimento útil à sociedade. Que opinião tens dessa imagem?
Apenas posso mencionar o que o grupo da Biodiversidade dos Açores – GBA, do qual faço parte, produz e oferece à sociedade. Embora possa ser considerado suspeito, considero que produzimos bastante informação e que esta tem bastante utilidade para a sociedade. Por exemplo, temos uma equipa bastante dinâmica que envolve especialistas de várias áreas (tais como a educação, fauna marinha e terrestre, botânica, etc.) e que apresentam diversos trabalhos que vão desde o âmbito científico e técnico ao mais informal. Esta informação é muitas vezes utilizada para a tomada de decisão politica ou para a sensibilização do público.

Alguns exemplos são:

A elaboração de mapas de risco, da dispersão de espécies exóticas (térmitas), necessários para a Resolução do Conselho do Governo n.º 2/2011, de 3 de Janeiro de 2011).

E a recente campanha de sensibilização, Chama-lhe Nomes, que está a decorrer neste momento em Angra do Heroísmo que pretende dar a conhecer algumas espécies endémicas ao público e seus recentes nomes comuns. 

Por fim, estás envolvido na recém-formada Surfrider Foundation Azores, como vice-chair. Tiveram uma actividade de limpeza da costa no fim-de-semana passado. Fala-nos um pouco da Surfrider e deste evento.
Este evento correu bastante bem. É já o segundo ano que participamos e o sucesso é sempre garantido. O principal é sempre a quantidade de plástico recolhida. Esta acção ocorreu em simultâneo nas ilhas Terceira, S. Miguel, Santa Maria, S. Jorge e Faial.

A Surfrider Foundation é uma instituição internacional com um núcleo nos Açores. Esta instituição foca, entre vários outros temas, a preservação das ondas e tem, obviamente, uma forte componente ambiental. Alguns dos vários temas podem ser vistos no site da organização.

A Surfrider Foundation Azores procura repercutir as acções internacionais ao nível regional. Procuramos também ser um grupo de pressão para salvaguardar as nossas ondas e zonas costeiras. Recomendo a visita à nossa página do Facebook.

Obrigada, Orlando, e bom trabalho!!

Sem comentários:

Enviar um comentário